Ao contrário do que o nome possa parecer indicar, não estamos a falar de uma avenida a sério. Na realidade, a “avenida dos embaixadores” ocupa uma pequena parte do Dariva, um trilho que deixa Sarajevo, para norte, sempre lado a lado com o rio.

Na parte mais junto à cidade plantaram-se uma série de árvores, em linha, acompanhando o passeio que entra pela floresta adentro.  Mas estas árvores são especiais: foram ali colocadas por embaixadores prestando serviço em Sarajevo. O  projecto foi lançado pelo presidente do município de Sarajevo, no início do nosso século, e conta já com centenas de árvores, na sua maioria tílias.

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Alguns dos países creditados na capital da Bósnia-Herzegovina já fizeram rodar os seus embaixadores desde então, e nesses casos à primeira árvore plantada seguiu-se a do novo embaixador. Todas elas apresentam uma placa com o nome do país e o ano de plantação. Uma ideia com um impacto prático limitado mas com um significado interessante. Uma coisa é certa: os habitantes da cidade terão ficado surpreendidos, pelo menos no início, ao verem aquelas comitivas de homens bem aperaltados de pá na mão, a trabalharem no duro como meros jardineiros municipais.

Nos dias que correm é com sentimentos mistos que uma pessoa ali passa: apesar de irem aparecendo novas árvores com placas bem recentes, é uma tristeza ver algumas das já plantadas em péssimas condições, algumas mesmo desaparecidas, mortas por alguma razão. Mereciam um pouco mais de atenção. Mas é sempre um passeio bonito, especialmente se o visitante se aventurar um pouco mais, caminhando toda a extensão até à Ponte de Cabras, com uma paragem para “reabastecimento” no simpático café que, nos meses meses de clima mais ameno, se encontra aberto a meio caminho.

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Conheci a Bósnia-Herzegovina e o Montenegro em 2011, apesar de já ter ouvido muito sobre o país através do meu vizinho e amigo Vedo. Desde então regressei várias vezes, apaixonado pelo tom misterioso de um país que será talvez o menos visitado da Europa. Acabei por ser convidado pela The Wanderlust para organizar expedições à Bósnia e Herzegovina e Montenegro, tornando-me, por assim dizer, um profissional de viagem à Bósnia e Herzegovina.

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