A primeira referência conhecida a uma ponte neste local data de 1541. Por essa altura há registo de uma ponte de madeira construída por um curtidor, um tal de Husein, filho de Širmed… as coisas que se descobrem…

Como todas as pontes de madeira, esta acabou por se decompor ou foi arrastada pelas águas do rio Miljacka. Mas no mesmo local surgiu uma outra ponte, feita de pedra, mais sólida e duradoura, mandada construir por um notável da cidade, Ali Ajni Bey.

Mas também esta ponte foi destruída, em 1791, durante as grandes cheias daquela ano. A ponte que hoje vemos no local surgiu em 1798, erigida com fundos doados pelo mercador Abdulah Briga.

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Muitas pessoas ficam curiosas sobre a origem do nome? Porquê “Ponte Latina”? A verdade é que foi construída no período otomano e não é fácil compreender a influência latina na sua história. Contudo a resposta é simples: por aquela altura chamava-se ao bairro que existia na margem direita do rio “Bairro Latino”, porque aí residia a população católica de Sarajevo.

Foi junto a esta ponte que se deu um incidente que marcou o início da Primeira Guerra Mundial, o assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro.  Por essa razão, no período compreendido entre 1918 e 1993 a ponte foi chamada de Gavrilo Princip, o assassino. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. O homem que foi considerado herói pelo poder que cimentava a Jugoslávia perdeu o estatuto e o nome antigo regressou à ponte.

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É fácil pensar-se que esta é a ponte mais antiga de Sarajevo, e de certa forma até o é. Mas convém não esquecer que a Ponte das Cabras, a cerca de 3 km da cidade, já existia antes da Ponte Latina. Simplesmente é pouco visitada e está fora da vista, sendo difícil de compreender o papel preponderante que outrora teve na ligação de Sarajevo ao mundo.

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Conheci a Bósnia-Herzegovina e o Montenegro em 2011, apesar de já ter ouvido muito sobre o país através do meu vizinho e amigo Vedo. Desde então regressei várias vezes, apaixonado pelo tom misterioso de um país que será talvez o menos visitado da Europa. Acabei por ser convidado pela The Wanderlust para organizar expedições à Bósnia e Herzegovina e Montenegro, tornando-me, por assim dizer, um profissional de viagem à Bósnia e Herzegovina.

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